Síndrome de Ehlers-Danlos
Definição
A síndrome de Ehlers-Danlos é uma condição rara do tecido conjuntivo, caracterizada por alterações na síntese de colágeno que comprometem a estrutura, resistência e elasticidade das articulações, pele, vasos sanguíneos e órgãos.
Sua causa é genética e pode ser transmitida de pais para filhos no padrão autossômico dominante ou recessivo. É dividida em treze subtipos (clique para ler mais), que possuem mutações, características e critérios diagnósticos distintos.
Manifesta-se independente do sexo, raça ou etnia e embora esteja presente desde o nascimento, seus sinais e sintomas podem passar despercebidos no início.
Sinais e sintomas
Devido a diferentes expressões gênicas, a síndrome de Ehlers-Danlos pode se manifestar de formas e intensidades diferentes em cada paciente, mesmo que possuam subtipos iguais da síndrome. Em geral, os sinais e sintomas incluem, mas não se limitam a:
- Hipermobilidade articular – frouxidão das articulações;
- Luxações e/ou subluxações frequentes;
- Doenças articulares precoces, como a artrose;
- Problemas na coluna, como escoliose;
- Dor crônica;
- Fadiga;
- Hiperextensibilidade da pele – pele elástica;
- Pele de textura aveludada e frágil;
- Distúrbios de cicatrização;
- Vasos sanguíneos aparentes;
- Propensão a hematomas;
- Fragilidade vascular;
- Hipotonia – diminuição da massa muscular;
- Distúrbios gastrointestinais;
- Alergias e intolerâncias múltiplas;
- Transtornos do sistema nervoso autônomo.
Dificuldade para engatinhar, dificuldade para sustentar a cabeça e atraso no andar podem estar presentes em bebês e crianças.
Diagnóstico
O diagnóstico de síndrome de Ehlers-Danlos é baseado em uma extensa avaliação do quadro clínico, histórico familiar e exames genéticos.
Atualmente, estão descritos treze subtipos de síndrome de Ehlers-Danlos, que possuem mutações, características e critérios diagnósticos distintos (clique para ler mais). É importante destacar que o subtipo hipermóvel, que corresponde à maioria dos casos, ainda não possui gene conhecido. Seu diagnóstico é exclusivamente clínico.
Exames adicionais podem ser solicitados para descartar outras condições que possuem quadro de sinais e sintomas semelhante.
Tratamento
Não existe cura para a síndrome de Ehlers-Danlos. Seu tratamento é multidisciplinar e sintomático, voltado para os sintomas e comorbidades apresentadas.
A preservação das articulações através de fisioterapia, fortalecimento muscular e reeducação postural é importante em todos os casos para evitar doenças articulares. Medidas para controle da dor podem ser necessárias, uma vez que a dor crônica está presente em grande parte dos casos.
É importante atentar-se para a síndrome de Ehlers-Danlos vascular, que possui risco aumentado de AVC, aneurismas e ruptura de órgãos em relação aos outros subtipos da síndrome.
Não inicie, altere ou abandone seu tratamento sem orientação médica.
Última alteração/revisão – outubro/2023
Fontes: esta página tem como fontes principais Orphanet, MSD Manuals, SciELO, Science Direct, e Pubmed.
Fontes adicionais: SED Brasil, Ehlers Danlos Society
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Informações gerais
Sinônimos: SED
Prevalência: 1/5.000 (média)
Hereditariedade: Autossômica dominante ou recessiva
CID10: Q79.6
CID11: LD28.1
Principais especialidades: Genética médica, reumatologia, ortopedia, dermatologia, cardiologia